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O Miradouro Raízes do Mar, substituiu uma antiga moradia, que foi sendo levada pelo mar. Este miradouro, situado no alto da rua da Boavista, deixa-nos uma vista fantástica sobre a freguesia, conseguindo alcançar ainda a cidade da Ribeira Grande.
Este miradouro, que artisticamente foi requalificado pela artista plástica Andreia Sousa, mostra-nos numa arte em azulejo, a ligação estreita dos Calhetenses entre a terra e o mar, que vivem e resistem à erosão literal e histórica de um mar que não só leva, mas também nutre e dão força para continuar.
Acredita-se que a construção original da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem remonta a meados do século XVI, tendo passado por várias ampliações e reconstruções ao longo dos tempos.
Na lateral da escadaria, encontra-se um fontanário datado de 1846. Nos Açores, os fontanários, símbolos do quotidiano rural, desempenharam um papel fundamental na vida diária das comunidades, em tempos em que não havia água canalizada. Para além de terem sido a principal fonte de água para consumo humano, higiene e outras atividades domésticas, os fontanários eram locais de encontro onde as pessoas conversavam esperando pacientemente que a jarra se enchesse totalmente.
As Piscinas Naturais das Calhetas, na zona balnear do Calhau da Furna, são um paraíso escondido numa zona de escarpa com piscinas naturalmente esculpidas pela erosão do mar na rocha vulcânica.
Aqui há também a possibilidade fazer mergulho e snorkeling vislumbrando a natureza selvagem deste lugar.
Possui bandeira azul e água qualidade de ouro.
Fundado em 1977 pelas Irmãs Clarissas, o Mosteiro de Nossa Senhora das Mercês é um espaço de silêncio, oração e clausura feminina, pertencente à Ordem de Santa Clara. A vida das irmãs é dedicada à oração contínua pela humanidade e à glorificação de Deus, num regime de pobreza, castidade e obediência.
O Mosteiro foi construído a partir de uma doação generosa do Sr. António Medeiros Frazão e sua esposa, com a fundação apoiada pelo povo, emigrantes e o Governo Regional. A nova capela foi inaugurada em 1981 e dedicada ao Imaculado Coração de Maria em 2009.
Situada na costa norte da ilha de São Miguel, a Casa das Calhetas é um solar do século XVIII (1723), integrado no antigo Morgadio das Calhetas. Foi residência de famílias nobres, destacando-se o Capitão António do Rego e Sá, instituidor do morgadio em 1731, e José de Medeiros Bettencourt e Rego de Sá e Mello, o último morgado.

Com arquitetura típica das casas senhoriais açorianas, possui um jardim de estilo inglês, adegas tradicionais, pátio interior com escadaria
colonial e vistas deslumbrantes sobre o Atlântico e a Serra da Lagoa do Fogo. O interior preserva salas com varandas em ferro fundido, tetos em
estuque e pavimentos em madeira.

No exterior da casa encontra-se um fontanário de 1846, dedicado a Manuel de Medeiros Bettencourt da Câmara Mello (1817–1860), pai do último Morgado das Calhetas.
Escondido na costa norte da ilha de São Miguel, nos Açores, o Porto das Calhetas é uma pequena baía de rara beleza natural. Rodeado por formações vulcânicas, este refúgio costeiro oferece piscinas naturais de águas cristalinas e profundas, perfeitas para banhos relaxantes ou mergulhos refrescantes.
No coração do bairro da Rua Canto dos Reis, na freguesia de Calhetas, ergue-se um mural que é mais do que arte: é memória viva, é tributo, é resistência. “Guardiãs dos Bordados”, da autoria da artista Andreia Sousa, celebra as mulheres que, com agulhas e linhas, teceram o sustento e a identidade de um povo.
Durante décadas, o Bordado Regional de S. Miguel foi o ganha-pão de muitas famílias micaelenses. Nas Calhetas, como em tantas outras localidades da ilha, eram as mãos das mães, das avós, e até das crianças, que bordavam com precisão e dedicação. Era uma arte passada de geração em geração — muitas vezes aprendida desde cedo, como necessidade, mas também como herança.
Com o encerramento da última fábrica de bordados em 2024, fechou-se um ciclo. Mas não se apagou a história. Este mural é uma resposta a esse silêncio industrial: uma lembrança colorida das mãos calejadas que bordaram sonhos, sacrifícios e tradições em cada ponto.
“Guardiãs dos Bordados” não é apenas um mural. É um espaço de reconhecimento e gratidão. É a afirmação de que, mesmo quando as fábricas encerram, a memória permanece viva nas paredes, nas ruas e nos corações da comunidade.
Datado de 1926, o conjunto formado por chafariz e bebedouro na estrada regional, nas Calhetas, representa um importante testemunho da infraestrutura pública de abastecimento de água do início do século XX. Construído em pedra, combina a robustez da cantaria à vista na parte inferior com a simplicidade da alvenaria nas zonas superiores e laterais, destacando-se pela sua bacia em forma de concha, um detalhe estético e funcional.
A este conjunto juntam-se dois abrigos com bancos embutidos, localizados em ambos os lados da estrada que serviam para descanso.
Hoje, o chafariz, o bebedouro e os abrigos mantêm-se como elementos de referência na paisagem local, simbolizando a memória histórica, cultural e social das Calhetas.

VIGIA

Antigo mirante da Segunda Guerra Mundial, foi utilizado por militares destacados na freguesia para vigiar a costa. Um local de memória e contemplação, que acrescenta valor cultural e histórico à freguesia